O preenchimento cutâneo consiste em uma técnica que proporciona rejuvenescimento imediato da área tratada, sem a necessidade de afastamento das atividades diárias. Neste tipo de tratamento usamos géis a base de uma susbstância natural denominada ácido hialurônico, naturalmente encontrada em nossa pele e responsável por manter boa parte do conteúdo de água presente nas camadas mais profundas da pele. Os preenchedores desempenham um papel essencial no processo de se obter harmonia facial com equilíbrio natural entre volume, textura e tônus cutâneo. Como o próprio nome sugere, tais produtos repõe volume e proporcionam um excelente opção não cirúrgica de rejuvenescimento e remodelamento facial. Há várias opções de preenchedores com indicações e tempos de duração diferentes. Podem durar até dois anos, mas com frequência, vemos resultados que ultrapassam os três anos. Tratamentos com ácido hialurônico são muito interessantes pois entregam resultado imediato.

Na grande maioria dos casos, uso preenchedores à base de ácido hialurônico, pois são, sem sombra de dúvida, os melhores no que se refere à segurança, previsibilidade e resultado natural. Além disso, são produtos que podem ser “removidos” rapidamente através da aplicação de uma enzima chamada Hialuronidase, ou seja, os resultados são totalmente reversíveis.

Em situações especiais podemos utilizar produtos que ao invés de proporcionarem preenchimento imediato promovem uma volumização secundária pelo estímulo de colágeno novo. Neste grupo estão o ácido poli-lático (Sculptra) e o gel com hidroxiapatita de cálcio (Radiasse).

Há ainda um terceiro grupo de preenchedores, os chamados permanentes, que apesar da ainda muito utilizados, apresentam riscos de complicações importantes e graves no médio e longo prazo. Neste grupo estão produtos como silicone injetável (banido no Brasil) e o polimetil-metacrilato (PMMA), um material termoplástico rígido (acrílico). Não utilizo e particularmente sou contra a utilização deste tipo de produto, visto que há opções imensamente mais seguras à disposição.

Há várias tentativas de se criar padronizações dos pontos de tratamento e de quantidades a serem utilizadas. Apesar destas padronizações ajudarem os profissionais menos acostumados com este tipo de tratamento, acabam levando a resultados menos individualizados e equilibrados. Particularmente utilizo uma técnica que chamo de “mão livre”, em que as aplicações são distribuídas de modo muito individualizado, conseguindo resultados mais naturais e equilibrados. Esta técnia é utilizada por muitos profissionais ao redor do mundo e necessita, além do conhecimento da anatomia e envelhecimento facial, uma noção não objetiva de equilíbrio, beleza e simetria facial.